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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

LI E GOSTEI!


O livro "Jesus de Nazaré - Do Batismo à Transfiguração" é, mesmo sem a pretenção de së-lo, uma excelente resposta a pós-modernidade. Quem o escreveu foi o próprio papa Bento XVI - ou, antes, o teólogo Joseph Ratzinger. O próprio autor diz que escreve como teólogo e não como sumo-pontícife. O livro é visto como tentativa de contrariar perspectivas políticas da figura de Jesus e rebater versões veiculadas por romances como O Código Da Vinci. Mas a obra pode ser discutida e contestada. "Qualquer pessoa é livre para me contradizer", escreveu o papa. O fato de ter declaro que não recorreu à autoridade papal para sustentar seus argumentos é considerado uma surpresa.
Após uma introdução bastante elevada e pesada do ponto de vista da critica bilica, o autor discorre com muita leveza sobre os principais eventos e temas do ministério de Jesus. Defini-se, logo de inicio, pelo método histórico-critico o que me agradou bastante. O livro é uma pérola. Deve ser lido com marca texto em punho. Transcrevo uma parte do capítulo dois quando é analisado as tentações de Jesus: "Mateus e Marcos narram trës tentações de Jesus, nas quais se espelha a luta por causa da sua missão, bem como se introduz, ao mesmo tempo, a questão sobre o sentido da vida humana enquanto tal. O núcleo de toda a tentação - isso se torna visível aqui - é colocar Deus de lado, o qual, junto às questões urgentes da nossa vida, aparece como algo secundário, se não mesmo de supérfluo e incömodo. Ordenar; construir o mundo de um modo autönomo, sem Deus; reconhecer como realidade apenas as realidades políticas e materiais e deixar de lado Deus, tendo-o como uma ilusão: aqui está a tentação que de muitas formas hoje nos ameaça..."
Em tempo: comprei num "sebo" em Vila Velha. R$ 26.00 com a "pinchinchada" básica, R$ 25,00. Fica a sugestão.


Estes dois clássicos, o da esquerda muito mais, por enquanto, já foram bastante analisados em todos os canais possíveis. Duas obras semelhantes enquanto literatura: De ficção e de certa pobreza literária. O "A CABANA" apresenta um teólogo universalista dando uma nova roupagem aos velhos conceitos sobre Deus. Atirou no que viu e acertou o que não viu. De herege a mártir já foi considerado. O "POR QUE VOCË NÃO QUER MAIS IR À IGREJA?" um texto intrigante e revelador da triste realidade institucional-eclesiástica americana. Também ´da pena´ de um universalista. Pavlov poderia considerar a obra como uma auto-biografia enrustida. Como já disse o mineiro de Itabira, Carlos Drumond de Andrade "Tudo vale a pena se a alma não for pequena", devem ser lidos e apreciados, claro, não como manual teológico ou doutrinário. Pasmem, mais não vai demorar muito para algum guru fundar uma igreja com o nome Igreja Pentencostal A Cabana; quem viver, verá! 

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